segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

JONAS


Aqueles que consideram o livro de Jonas uma alegoria ou parábola devem observar que 2 Reis 14:25 identifica Jonas como uma pessoa real, um profeta judeu de Gate-Hefer, Zebulom, que ministrou no reino do Norte, Israel, durante o reinado de Jeroboão II (793-753 a.C.). Também devem observar que Jesus considerou Jonas um personagem histórico e que apontou para ele como um tipo de sua própria morte, sepultamento e ressurreição (Mt 12:42; Lc 11:32).


O reinado de Jeroboão II foi um tempo de grande prosperidade para Israel. A nação retomou territórios que havia perdido e expandiu tanto suas fronteiras quanto sua influência. Mas foi um tempo de declínio moral e espiritual, à medida que a nação afastou-se rapidamente de Deus e entregou-se à idolatria. Oséias e Amós, dois contemporâneo de Jonas, denunciaram corajosamente a perversidade dos governantes, dos sacerdotes e do povo. É interessante observar que Oséias e Amós também demonstraram a preocupação de Deus com outras nações, um dos principais temas de Jonas.


Do que trata, então, o livro de Jonas? Bem, não é simplesmente sobre um grande peixe (mencionado apenas quatro vezes) ou sobre uma grande cidade (mencionada oito vezes), nem mesmo sobre um profeta desobediente (mencionado dezoito vezes). É sobre Deus! Deus é mencionado trinta e seis vezes nestes quatro capítulos curtos, e, se fosse retirado do livro, a história não faria sentido algum. O livro de Jonas é sobre a vontade de Deus e como reagimos a ela. Também é sobre o amor de Deus e sobre como o compartilhamos com os outros.


Como palavra final, quero sublinhar que Jesus usou o ministério de Jonas em Nínive para mostrar aos judeus como eram culpados de rejeitar seu testemunho: “Ninivitas se levantarão, no Juízo, com esta geração e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis aqui está quem é maior do que Jonas” (Mt 12:41).


De que maneira Jesus é maior do que Jonas? Sem dúvida, Jesus é maior do que Jonas em sua pessoa, pois apesar de ambos serem judeus e profetas, Jesus é o Filho de Deus. Ele é maior em sua mensagem, pois Jonas pregou uma mensagem de julgamento, enquanto Jesus pregou uma mensagem de graça e de salvação (Jo 3:16, 17). Jonas quase morreu por causa de seus próprios pecados, mas Jesus morreu voluntariamente pelos pecados do mundo (1 Jo 2:2).


O ministério de Jonas concentrou-se em uma só cidade, mas Jesus é “o Salvador do mundo” (Jo 4:42; 1 Jo 4:14). Jonas não obedeceu de coração, mas Jesus sempre fez tudo àquilo que agradava ao Pai (Jo 8:29). Jonas não amou o povo que foi enviado para salvar, mas Jesus teve compaixão dos pecadores e provou seu amor ao morrer por eles na cruz (Rm 5: 6-8). Na cruz, fora da cidade, Jesus pediu que Deus perdoasse seus algozes (Lc 23: 34), mas Jonas esperou fora da cidade para ver se Deus mataria aqueles que o profeta não havia perdoado.


Contudo, o mais importante não é como Jonas respondeu à pergunta de Deus, mas sim como você e eu estamos respondendo a essa pergunta nos dias de hoje. Concordamos com Deus que as pessoas sem Cristo estão perdidas? Como Deus, temos compaixão pelos perdidos? De que maneira demonstramos isso? Nós nos preocupamos com os que vivem em nossas grandes cidades, onde há tanto pecado e tão pouco testemunho? Oramos para que o evangelho alcance as pessoas de todas as partes do mundo e estamos contribuindo para isso? Nós nos regozijamos quando os pecadores se arrependem e crêem no salvador?


Todas essas questões e outras mais estão envolvidas naquilo que Deus perguntou a Jonas.

Não podemos responder por ele, mas podemos responder por nós mesmos. Vamos, portanto, dar a Deus a resposta certa.

Ir. Robson J. G. Alves

FONTE:

Escola Bíblica Dominical. Revista do adulto cristão. Ano CIII, N0 412, 4T.2009.

Shedd, Russell Philip. Bíblia Shedd. (Trad. em português por João Ferreira de Almeida). – 2. Ed. Ver. e atual. no Brasil. São Paulo: Vida Nova, Brasília: Sociedade Bíblica do Brasil, 1997.

domingo, 29 de novembro de 2009

Profeta Amos


Amós, teologicamente conhecido como um profeta do “aviso” para Judá e Israel.
Era pastor de Tecoa, uma cidade próxima de Jerusalém, o que se sabe é que Amós se dedicava à pecuária, cultivando sicômoros ( espécie de figueira).
Amós, conhecido entre os profetas menores, foi escolhido por Deus para avisar ao povo de Judá e Israel, sobre as conseqüências da desobediência de suas leis, perante essas nações. Amós começa enfatizar as cincos cidades logo no começo do seu discurso, dois anos antes da profecia do terremoto Entre elas: Damasco,Gaza, Tiro Edom e Amom. (Veja em Amós, cap.1).
O texto é claro em citar que Deus irá punir as nações que desobedecem a Ele:

Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Damasco, e por quatro, não retirarei o castigo, porque trilharam a Gileade com trilhos de ferro. (Amós 1:3)

Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Gaza, e por quatro, não retirarei o castigo, porque levaram em cativeiro todos os cativos para os entregarem a Edom. (Amós 1:6) etc.

Você lendo o texto com calma, irá entender o que Deus quer dizer ao seu povo. É claro que Deus não gosta de castigar seu povo, mais ele adverte através de Amós. O que Amós queria passar para o povo de Judá e Israel, era uma advertência de quedas morais que aconteciam; até nações vizinhas estavam envolvidas com cultos pagãos, sendo assim, ficando mais longe do Senhor.

O que a palavra de DEUS diz resumidamente através do livro Amós do capitulo primeiro ao terceiro,é que nós, devemos levar como base dos textos, se ALERTAR para que não possamos sofrer as conseqüências dos nossos pecados, em outras palavras, devemos obedecer a voz de DEUS. Vejamos o capitulo 3,versículo 1-3:

1 OUVI esta palavra que o SENHOR fala contra vós, filhos de Israel, contra toda a família que fiz subir da terra do Egito, dizendo:
2 De todas as famílias da terra só a vós vos tenho conhecido; portanto eu vos punirei por todas as vossas iniqüidades.
3 Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?

O que podemos concluir com o verso 3, é que o povo estava consciente do ato de escolher o pecado, em vez da voz de Deus, isso não foi uma boa opção para o povo de Israel

COLOCANDO EM PRÁTICA:

O que Deus realmente quer de nós são as respostas para as seguintes perguntas:

Você tem andado nos meus caminhos? Tem ouvido à minha voz?
Tem obedecido minha palavra?

O Senhor Deus, Ele quer que nós tenhamos uma intimidade constante nEle.
Vale a pena fazermos uma auto consulta, e vermos se realmente estamos vivendo como o povo de Judá e Israel, ou como povo que obedece às palavras de DEUS. Amém.


FÁBIO PEREIRA

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

JOEL



Se houvesse jornais no tempo de Joel, é possível que tivessem trazido a seguinte manchete:


GAFANHOTOS INVADEM A TERRA!


NAÇÃO ENFRENTA GRAVE CRISE ECONÔMICA


FIM DA SECA AINDA PARECE ESTAR LONGE


Um pregador ou professor perspicaz consegue a atenção do seu público ao referir-se a algo que seja do interesse de todos. Nesse caso, o povo de Judá estava falando sobre a crise econômica, de modo que o Senhor orientou Joel para que usasse esse acontecimento como pano de fundo para suas mensagens. O povo não tinha consciência, mas estava assistindo ao desenrolar do Dia do Senhor diante de seus olhos, e o profeta explicou o que se passava.

O nome “Joel” significa “o Senhor é Deus”. Assim como todos os outros profetas, Joel recebeu a incumbência de chamar o povo de volta à adoração do Deus verdadeiro; e foi o que fez ao declarar a “Palavra do Senhor” (Jl 1:1; ver Jr 1:2; Ez 1:3; e os primeiros versículos de Oséias, Miquéias, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias). Era trabalho dos sacerdotes ensinarem a lei ao povo e era responsabilidade dos profetas chamarem o povo de volta para o Senhor quando se afastavam da lei de Deus. Os profetas também interpretavam acontecimentos históricos à luz da Palavra de Deus para ajudar o povo a compreender a vontade do Senhor para sua vida. Eram “proclamadores” bem como “prenunciadores”.

Joel desejava que o povo de Judá compreendesse o que Deus estava lhes dizendo por meio da praga e da seca. Em nosso tempo, as nações do mundo estão passando por secas e fome severas, epidemias assustadoras e outras “catástrofes naturais”, sendo que tudo isso tem afetado profundamente a economia global e, no entanto, poucas pessoas se perguntam: ”O que Deus está nos dizendo?” Joel escreveu seu livro para que o povo soubesse o que Deus estava lhes dizendo por meio desses acontecimentos críticos.

Partindo desse pressuposto, percebe-se que o profeta anunciou o “Dia do Senhor” e aplicou-o a três acontecimentos: a praga de gafanhotos, a futura invasão da Assíria e o julgamento distante que o Senhor enviaria sobre todo mundo.

“É impossível devolver o tempo que passou”, disse Charles Spurgeon, “mas há uma forma estranha e maravilhosa que Deus tem de lhe devolver as bênçãos desperdiçadas, os frutos não amadurecidos de anos sobre os quais você se alimentou [...] É uma pena que esses anos tenham sido devorados pelos gafanhotos de sua insensatez e negligência, mas se isso aconteceu, não perca a esperança a respeito deles”.

E por que Deus fará isso por seu povo indigno? Para que louvem seu nome e nunca mais sejam envergonhados diante dos pagãos.

“Sabereis que estou no meio de Israel que eu sou o Senhor, vosso Deus, e não há outro; e o meu povo jamais será envergonhado” (2:27).

Nossas terras de hoje precisam de cura como nunca antes. Estão contaminadas pelo derramamento de sangue inocente e pela exploração tanto de recursos quanto de pessoas. Podemos nos apropriar da promessa de Deus em 2 Crônicas 7:14, pois somos “seu povo”.

Enfim, a profecia de Joel começa com uma tragédia – a invasão de gafanhotos -, mas termina em triunfo, o reinado do Rei dos reis e Senhor dos senhores. Jesus disse a seus discípulos: “Em verdade vos digo que vós, os que me seguistes, quando, na regeneração [no reino vindouro], o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis em doze tronos para julgar [governar] as doze tribos de Israel” (MT 19: 28).

Que nunca deixemos de nos maravilhar com seu glorioso reino! “O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” (AP 11: 15).

“Venha o teu reino” (MT 6: 10).

“Amém! Vem, Senhor Jesus!” (AP 22: 20).

Ir Robson Alves

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O SOL A TERRA E EU



Depois de uma escura noite ele aparece. Mas, porque aparece se ele nunca desapareceu? Claro que todos sabem que mesmo na noite, o sol esta lá, apenas do outro lado, onde agente não enxerga. E a manhã começa com uma linda apresentação de luz com brilho esplendoroso!


Existem algumas coisas que são fascinantes a se pensar com relação ao sol e a terra. Você já notou o quanto o sol parece ser pequeno?! Olhando um amanhecer, pude ver que se agente colocar a mão em direção ao sol, temos a impressão que da pra segurar ele na mão. Ainda mais, olhamos pro horizonte e vemos uma terra infinita aos olhos, qualquer um poderia afirmar que o sol é bem menor que a terra. Mas na verdade é tudo ao contrário disso, o sol é grandiosamente maior que a terra. A questão é que, como estamos muito longe do sol, vemos o seu brilho, mas não temos a noção de seu verdadeiro tamanho.


Com a nossa vida espiritual a coisa funciona bem semelhante a isso. Quando as pessoas se distanciam de Deus, o primeiro sintoma é não reconhecer o seu infinito poder, amor, misericórdia e perdão. A tendência nesse caso é pensar que você mesmo é bem maior que Ele, achar que a terra (o mundo) é bem maior e melhor que tudo o que Ele prometeu.


Muitas pessoas hoje querem olhar pras coisas de Deus, como um mero homenzinho numa terra lá bem distante, e mesmo assim, ver o seu tamanho com esses nossos olhos carnais. Ou você nunca ouviu a seguinte frase: “se Deus existe, cadê Ele?”. É assim em muitos lugares do mundo, muita gente continua vendo a terra maior que o sol.

Pois te digo que o problema está aqui:


“Porque todos pecaram e SEPARADOS estão da glória de Deus.” Romanos 3:23

Também te digo que a solução está aqui:


“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. João 14:6


Tenha muito cuidado pra não olhar para o sol de maneira a pensar que Ele é menor que você. Tenha muito cuidado de não entender Deus por não ter capacidade de apreciar o tamanho real Dele com seus olhos humanos. Isso nunca ninguém vai conseguir fazer mesmo aqui na terra, e com esses olhos! Mas Jesus veio-nos da à vida eterna pelo seu sacrifício. Tornando-se o mediador entre Deus e os homens. Se entregue a Ele e você conseguirá ver a realidade, deixando de ser cego, e vai passar a entender o verdadeiro tamanho das coisas.

O Fim está próximo!

Christiano Morais

domingo, 4 de outubro de 2009

DO TEMPO DE OSÉIAS AO NOSSO TEMPO






Incrível é viajar no tempo com as narrativas bíblicas. Estudando esse trimestre os profetas menores, tivemos a oportunidade de conhecer mais profundamente as circunstâncias que Oseías e o povo de Israel, o reino do norte, passavam. E é impressionante como a mensagem contida nesses livros do antigo testamento, são reais e notáveis pra esse presente século!

No tempo do citado profeta, Israel passava por uma grande idolatria, onde se prostituíram espiritualmente, abandonando o seu primeiro amor por ídolos e se contaminando com o mundo. Assim o Senhor levantou Oséias não só pra pregar, mas pra pregar e viver a mensagem na pele. Deus mandou Oséias casar-se com uma mulher prostituta, passando exatamente pelo que o Senhor Deus passava. Pra depois o Senhor mostrar a ele, o tamanho do amor que tinha por Israel, mesmo tendo pecado e abandonado o seu primeiro amor o Senhor desejava resgatar Israel daquela situação. (ler Oséias capítulos 1, 2 e 3). O senhor deixou Oséias passar por isso, pra que a mensagem dele se tornasse tocante também pra ele mesmo . Pois uma pessoa consegue falar com mais expressividade, daquilo que já viveu, ou seja, se uma pessoa passou pelo mundo das drogas, ele sabe exatamente quais são as dificuldades e sabe mostrar a solução a uma pessoa que hoje passa pela tal dificuldade. Ele teve três filhos, onde cada um mostrava a desgraça e situação de Israel com a simbologia dos seus próprios nomes, Jezreel(violência, dor), Lo-Ruama (desfavorecia), Lo-Ami(não-meu-povo). Assim foi a vida de Oséias, Ele sentiu na pele a dor da traição, da quebra da aliança. Pra abrir os olhos do povo de Israel com essa mensagem, sobre a traição que estavam fazendo com O Senhor!

Hoje o nosso contexto é muito parecido com o do Profeta Oséias, pois vivemos num tempo em que as pessoa substituem Deus por qualquer coisa, trabalho, dinheiro, diversão e um série de outras coisas que Deus nos dá, não pra que nós façamos disso nossa vida, mas pra ser apenas algumas ferramentas pra o nosso viver. O verdadeiro sentido de nossa existência está na adoração ao Senhor e pregação da Salvação feita por meio de Jesus. E aqueles que crêem nisso, tem que estarem prontos para assim como Oséias, entregar suas vidas como sacrifícios vivos para a pregação da palavra do Senhor. Deus usa cada um de uma maneira particular e única para mostrar aqueles que estão a nossa volta, a mensagem do Deus vivo para o mundo. Seja um profeta do Senhor com sua vida e suas atitudes, não deixe o presente século lhe envolver ao ponto de te fazer torna-se mais um, dos muitos que se prostituem espiritualmente com ídolos que tentam substituir Deus.


Christiano Morais
Prof. Dos Jovens na EBD